Thalita Peres
Correria, agenda e compromisso, dezenas de telefonemas, muitas vezes duas ligações simultâneas, e nada de rotina! Assim é o dia-a-dia das secretárias, cujo dia é comemorado neste domingo, dia 30. Profissionais cada vez mais polivalentes têm atribuições que exigem conhecimentos de administração, relações públicas, línguas estrangeiras, informática e até psicologia humana.
Correria, agenda e compromisso, dezenas de telefonemas, muitas vezes duas ligações simultâneas, e nada de rotina! Assim é o dia-a-dia das secretárias, cujo dia é comemorado neste domingo, dia 30. Profissionais cada vez mais polivalentes têm atribuições que exigem conhecimentos de administração, relações públicas, línguas estrangeiras, informática e até psicologia humana.
"A nossa rotina é não ter rotina! Cada dia é uma novidade: agendamos o dia do chefe, preparamos reuniões, organizamos viagens e resolvemos problemas familiares quando ele está impossibilitado", explica Elisabeth Wassmundt, que há 17 anos é secretária do presidente do grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco.
Elisabeth fala fluentemente inglês, alemão, italiano, francês, espanhol e, claro, português. "Por causa dos idiomas, eu entro em contato com parceiros e fornecedores em vários países do mundo. Uma hora, ligo para a Ásia e cinco minutos depois estou conversando com alguém na Itália. Já estou acostumada a mudar de língua freqüentemente, por isso nem me confundo com elas".
Com anos de experiência na empresa, Elisabeth sofreu para se atualizar e deixar a informática ajudá-la com os compromissos. "Na época, preferia mil vez o arquivo pesado, o mimeógrafo e o papel carbono do que me render ao computador. O desconhecido dá medo... Depois de muita insistência do meu chefe, descobri que não é um bicho-de sete-cabeças. Pelo contrário, é mais rápido e, com a internet, dá para nos comunicarmos com o mundo bem rapidamente".
Na mesa ao lado trabalha Andrea Gonçalves, secretária do diretor do grupo, Francisco Wilson Mergale, há oito anos. "Trabalho na empresa há 18 anos e, aos poucos, fui subindo de cargo... Confiança, lealdade e discrição são três palavras chaves para ser uma boa secretária".
E os boatos de que as secretárias não são bem vistas pela família é coisa do passado. "A esposa do meu chefe é supercordial comigo, inclusive manda presentinhos aos meus filhos". Elisabeth é considerada praticamente da família. "Quando estou de folga, o chefe me liga para saber como estou e vice-versa".
O braço direito da presidente da Universidade Santa Cecília (Unisanta), Lúcia Teixeira Furlani, é a secretária Leila Degli. Há dez anos, ela cuida dos interesses, da rotina e dos projetos da também escritora e presidente do Santos e Região Convention and Visitors Bureau. "Cuido de praticamente três agendas da dona Lúcia, a rotina dela é completamente variada. Por causa disso, há mais de uma secretária. Costumo dizer que aqui os funcionários são multifuncionais. Todo mundo se ajuda e me ajudam".
Para cuidar de tantas atribuições, Leila dá suas dicas. "Precisa ser cordial com as pessoas e procurar solucionar os problemas dela antes de chegar à chefe. Tem que saber filtrar e, principalmente, não se estressar com os inconvenientes. E, ao mesmo tempo, estar disponível para a chefe, como ligar para certas pessoas e encontrar com quem ela precisa falar".
A relação das duas é tão completa que o melhor dia de trabalho da secretária foi o lançamento do livro infantil de Lúcia, em outubro do ano passado. "Por ser voltado para as crianças, um grupo de atores fez uma performance inspirada na história. Foi leve, lindo... Até chorei".
Lúcia Teixeira Furlani é só elogios à funcionária. "Não sei o que seria da minha vida sem ela... Até nos horários e nos dias de folga, ela me atende. É minha companheira de viagens durante os lançamentos dos meus livros. Além de secretária, é uma amiga querida. Acho que todas as funcionárias deveriam ser assim".
Jornal da Orla
30/09/2007
Comportamento
30/09/2007
Comportamento